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Que nem uma manga verde

Acho que sou uma pessoa reflexiva. Às vezes me pego pensando demais e até ficando mal com as conclusões das minhas viagens (quando, se quer, encontro conclusões).

Você já deve ter ouvido falar que é muito mais difícil encontrar amigos ou se aproximar de alguém a medida que o tempo passa, né? E foi com essa frase que eu entrei numa dessas piras. Peguei a viagem do encaminhamento do mundo contemporâneo, da pós verdade, pra onde as pessoas e as suas relações interpessoais estão indo.

Segundo Bauman, as relações entre os indivíduos estão cada vez mais superficiais, momentâneas e frágeis porque o povo está mais imediatista, não tem mais tanta paciência pra um envolvimento profundo. Eu concordo, em parte. De fato o mundo está mais imediatista em vários quesitos. Todavia, não acho que a “culpa” dessa complexidade em se relacionar seja só do imediatismo causado pelo bombardeamento de informações sobre nós diariamente, mas também de uma “caída na real” (vivida no passado ou no presente).

(Pra tentar criar um paralelo vou contar um caso de infância):

Quando eu era criança, o Natal era uma época linda, um dia mágico (e eu nem falo pela “aparição anual” do Papai Noel) em que a família se unia da forma mais singela e feliz para celebrar a união e a paz. Esse sentimento durou até os meus 11 anos, quando a minha vó morreu. Acho que depois desse acontecimento os meus olhos ganharam uma nova lente pro mundo, uma lente límpida, tão translúcida que eu consegui enxergar, pela primeira vez, tudo que estava a minha frente: a falsidade, a indiferença e a superficialidade, pelo menos da minha família. A partir de então, as rezas natalinas, os brindes “à família” e a ceia à meia noite se tornaram banais, insignificantes, ou melhor, seria até bom se não significassem nada, porque significaram sim e, inclusive, me fizeram “cair na real” pela primeira vez.

Desde então, comecei a enxergar a minha família com olhos críticos, botando na balança o “dizer” e o “fazer”, ou seja, comparar desejos de felicidades e declarações de saudades com mensagens de “lembrei de vc” e “vamos nos ver” (que, inclusive, eu nunca recebi de familiares). Com isso, eu percebi que a visão que eu tinha da minha família era totalmente deturpada pela ingenuidade infantil, que supostamente perdemos com a maturidade.

Mas será mesmo???

Hoje, conversando com uma amiga, chegamos à conclusão (que, obviamente, já é muito exposta e explorada em textos, reportagens e estudos) do quanto as redes sociais corrompem a nossa vida real. Mas, de uma forma mais aprofundada, as redes sociais não apenas causam problemas relacionados ao vício, à perda de tempo com o uso das plataformas e à superexposição da vida íntima nas redes, mas estas tbm criam uma espécie de reemergência da “ingenuidade infantil” em relação às relações interpessoais.

Por exemplo, ao nos conectar no Twitter, ficamos sabendo, em tempo real, de acontecimentos mundiais e do nosso círculo social. São acontecimentos banais ou pertinentes, mas que, muitas vezes, criam, de forma inconsciente, uma proximidade com uma pessoa que vc conhece pouco, mas engaja, quando online. Isso, se muito ocorrente, pode te colocar numa posição de “grande presença“ na vida dessa pessoa, criando, consequentemente, um “laço” (ilusório na vida real) com o esta.

O problema só fica evidente quando um dos lados dessa “relação” decide dar um tempo nas redes sociais, fazer “um detox”, e, surpreendentemente, não são procurados em dias, semanas ou meses por aquele que até então o considerava com amigo próximo. Dessa forma, é possível observar bem o desequilíbrio do dizer e do fazer.

Uma analogia: um “amigo” que está sempre presente na “sala” não te procura no quarto para ver como você está, mas se você, ocasionalmente, volta pra “sala”, diz que sentiu “taaaaaanta saudade”!!!!! (segunda “caída” na real).

Sentiu mesmo? Por que então não foi me ver, mandou uma mensagem, um telegrama, uma carta de amor??? Simplesmente porque você nunca deu tanta importância pra essa pessoa quanto você dá para alguém que é, de fato, seu amigo. Você percebe que essa a pessoa não conectada, comentando e curtindo os seus “posts”, não faz taaanta falta assim pra você, não é? Então mesmo que não seja “desinteresse” seu em conversar com ela, é porque você nunca se lembra de chama-lá, ou seja, no seu inconsciente, essa pessoa não é (e, às vezes, nunca foi) uma prioridade sua.

Com isso tudo eu percebi que aquela frase “o menino é o pai do homem” é real (pelo menos por esse lado). Nascemos, crescemos, caímos, “amadurecemos” e voltamos a cair que nem uma manga verde. Que a gente sempre vai cair na vida é fato (e não é descoberta do século pra ninguém), mas que a superficialidade invisível das relações das redes sociais te levam à “cair na real” de novo (assim como fruto da imaturidade da sua infância) é algo a ser levado em conta.

Agora a questão é mostrar (pra si mesmo!!!!) se você quer continuar sendo vítima da ingenuidade da criança ou se vai fazer uso da pouca maturidade que adquiriu da infância até aqui e se proteger das relações que, mesmo construídas inconscientemente, são por conveniência e não vão ser uma carta na sua manga nos seus piores momentos.

Bem, pelo menos pra mim isso foi uma questão…. que, aliás, me fez tomar medidas em prol do meu bem estar.

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